Mãe é tudo igual…
Quantas vezes nós ouvimos esta frase em nossas vidas?!
Geralmente quando a ouvimos é porque alguma mãe fez algo que os filhos consideram uma bobagem; como, por exemplo, lembrar o filho de pegar o agasalho, perguntar se comeu, se dormiu e assim por diante. Ou seja, está cuidando do filho da maneira como aprendeu e sabe cuidar de acordo com a cultura (sistema) à qual pertence. Em nossa cultura, para a mãe o filho sempre irá necessitar de algo dela, mesmo que seja apenas uma recomendação; mas cada mãe é única, porque cada filho é único.
Se observarmos mães de vários filhos (aqui eu me incluo) podemos perceber que tratam cada um de um jeito e isso é muito simples de compreender. Ao nascer o primeiro filho, a mãe é tomada por um medo e um amor intenso e indescritível. Quem já foi mãe consegue dimensionar o que estou descrevendo agora…
Mesmo que tenhamos nos preparado, estudado, escutado outras mães (menos a nossa… rsrs), nos vemos diante daquele pequeno ser que saiu de nossas entranhas e literalmente não sabemos o que fazer com ele. Depositamos nele uma expectativa enorme, um desejo de não errar e acabamos cobrando mais de nós mesmas e do filho. O interessante neste momento é que a maioria das mulheres se volta amorosamente para a própria mãe, como que a buscar o conforto de se sentir pertencente e acolhida pelo colo que um dia recebeu e que agora aprende a dar. Na medida em que o filho cresce a mãe e todos à volta crescem juntos.
Quando nasce o segundo filho a mãe já passou pela experiência, já sabe que as fases mais críticas como cólicas, noites mal dormidas, etc… vão passar e mesmo que durem um pouco, de alguma forma ela já sabe lidar com mais tranquilidade, está mais amadurecida, as expectativas são menores, não há tanto medo de errar e as cobranças diminuem.
A partir do terceiro filho então, o enxoval é menor, o excesso de cuidados diminui. A maternidade vem acompanhada de mais leveza, menos cobranças, mais serenidade e mais tranquilidade diante das incertezas que sempre existirão.
Claro que tudo isso são generalizações; existem as exceções, afinal como disse acima, cada mãe é uma mãe e cada filho é um filho, portanto cada relação é uma relação, com nuances comuns, mas única.
No entanto, tem algo que define muito bem a expressão: “mãe é tudo igual”. O fato de todas terem gerado vida e, neste sentido somos mesmo todas iguais. A gestação é o momento onde a mulher se torna a colaboradora de Deus, ela gera e desenvolve dentro de si a vida. É o seu corpo que literalmente nutre e desenvolve o filho.
Quando reconhecemos que recebemos a vida de nossas mães e somos gratos a ela por isso, percebemos e tomamos a vida como um todo e nos fortalecemos, nos colocamos de forma propositiva e grata diante de nossa própria vida e prosperamos.
Alguns poderão questionar coisas como: mas e as mães que abandonam e/ou maltratam os filhos?
Ainda assim não há como negar que durante nove meses a mãe gerou a vida do filho e a deu a ele. Mesmo que fosse só por isso, ela já mereceria ser honrada.
Nossa mãe nos deu a vida como pode dar, cuidou como soube cuidar, fez o que sabia fazer da maneira como sabia e se não fez melhor ou diferente, foi porque não tinha outra maneira para fazer.
Podemos escolher como seguir nossas vidas; podemos escolher se a tomaremos com gratidão ou como eternos insatisfeitos; podemos até escolher se seremos pais ou não, mas não podemos negar que somos filhos, todos somos filhos gerados por uma mãe.
Quero hoje expressar minha gratidão eterna à minha mãe que me deu a vida, que gerou a vida de meus filhos e que agora geram meus netos. Quero também honrar a todas as mães, as de meu sistema em especial, e a cada uma dizer: SIM somos iguais, somos mães…