Esta é uma pergunta bastante comum. Vejamos porquê…
Os dois processos compartilham de algumas semelhanças; geralmente são feitos através de atendimentos individuais e semanais de 50 minutos, voltados à mudanças internas e à melhoria da qualidade de vida. Porém são processos diferentes que não se excluem necessariamente, ao contrário, podem ser complementares. Então como decidir qual fazer?
Penso que uma analogia seja uma boa maneira de explicar.
Somos como uma casa construída em um determinado terreno (nossos ancestrais), com determinados alicerces (nossos pais) e com determinada estrutura (nosso desenvolvimento, crenças, valores, aprendizados, interpretações do mundo, comportamentos) e o que anima a casa são seus habitantes (alguns chamam de nossa alma, espírito, essência, animus, self, enfim, aquilo que nos torna seres humanos únicos)
Algumas reformas podem ser feitas na casa para melhorar a qualidade de vida dos moradores, aumentar o valor de mercado, ou outra razão definida por eles, com objetivo claro, prazo definido e ações específicas. Porém se surge um problema difuso, por exemplo, rachaduras nas paredes, infiltrações, curtos circuitos, é necessário uma pesquisa mais profunda. A causa pode estar na estrutura, mas também pode estar no alicerce ou mesmo no terreno e para isso, há necessidade de um tempo maior, sem definições iniciais do que será necessário aprofundar para resolver.
Seguindo a analogia, se buscamos mudar algo específico por melhor qualidade de vida, em breve espaço de tempo devemos procurar um coach. Por exemplo, melhorar a comunicação, falar em público, lidar com feedback, alavancar a carreira ou qualquer outro aspecto claro e definido da vida. Porém se apresentamos um estado de desconforto com a própria vida, sem saber especificamente de onde vem, aquilo que muitos chamam de vazio interior e que causa sofrimento, angústia, afeta nossos relacionamentos e a nós como um todo; o profissional a procurar é o psicoterapeuta. Ele possui conhecimentos e técnicas para, junto com o cliente, explorar mais a fundo as origens do problema e a melhor maneira de lidar com ele.
Repito, um processo não exclui o outro. É comum estar em um e ser recomendado que também se faça o outro. A melhor maneira de decidir, é se perguntar o que especificamente quer resolver e consultar um profissional que irá ajudar a tomar a melhor decisão.